CRESCENTE FÉRTIL
Crescente
fértil é o nome
dado a uma região do Oriente Médio, historicamente habitada por diversos povos
e civilizações desde os mais primitivos estágios de evolução do homem moderno.
Seu nome deriva precisamente do fato dessa região, em forma de lua crescente,
ser extremamente propícia à agricultura, literalmente “rasgando” áreas
desérticas completamente inóspitas, impróprias para povoamento constante e
estável.
Tal
condição vantajosa à ocupação humana advém do fato dessa região acompanhar o curso dos rios Tigre e Eufrates, (que nascem entre as montanhas
Taurus, localizadas na atual Turquia) permitindo assim o pleno acesso a água potável, que também serve para a
irrigação das lavouras locais, bem como para criação de gado.
O
Crescente abrange as áreas da Mesopotâmia e do Levante (os territórios ou partes dos
territórios de Palestina, Israel, Jordânia, Líbano, Síria e Chipre), delimitado
ao sul pelo deserto da Síria e ao norte o Planalto da Anatólia
A região é frequentemente denominada o “berço da civilização”, por ser ali o
local de nascimento e desenvolvimento de vários povos, que atestadamente, antes
de quaisquer outros em outras regiões do planeta, iniciaram o processo de
desenvolvimento civilizatório como até hoje o reconhecemos, como por exemplo,
através do estabelecimento em um determinado
local em detrimento do nomadismo, o desenvolvimento de cidades, da agricultura,
da roda, da escrita, de diversas ferramentas, além do desenvolvimento do
comércio, isso tudo já existente por volta de 8000 anos atrás naquela mesma
área.Apesar da primazia da região, e de sua antiguidade com relação à ocupação humana, o termo “Crescente Fértil” é de criação bastante recente, tendo sido utilizado pela primeira vez pelo arqueólogo James Henry Breasted, na sua obra “Ancient Records of Egypt“, de 1906. Tendo sido considerada bastante feliz tal expressão, esta passou então a ser de comum uso dentre os mais diversos estudiosos.
Além de área estratégica de passagem entre a África e a Eurásia, o Crescente Fértil também abriga uma rica biodiversidade. As mudanças durante as eras glaciais contribuíram para o constante surgimento e extinção de várias espécies animais e vegetais locais.
Obviamente, torna-se indispensável mencionar o rico legado arqueológico contido no Crescente Fértil, pela sua imediata ocupação, datada mesmo antes do surgimento do homem moderno, habitante de cidades, cultivador e criador de gado. Vestígios de culturas pré-modernas (homens pré-históricos, caçadores/coletores) bem como das primeiras culturas modernas estão por toda parte do denominado Crescente Fértil.
Os estados que atualmente possuem terras localizadas no Crescente Fértil são: Iraque, Jordânia, Líbano, Síria, Egito, Israel e Palestina, além da parte sul da Turquia e da área mais ocidental do território do Irã.
SOCIEDADE EGÍPCIA
Introdução
A sociedade do Egito Antigo possuía uma forma de organização bem eficiente, embora injusta, garantindo seu funcionamento e expansão. Esta sociedade era hierárquica, ou seja, cada segmento possuía funções e poderes determinados, sendo que os grupos com menos poderes tinham que obedecer quem estava acima.
A sociedade do Egito Antigo possuía uma forma de organização bem eficiente, embora injusta, garantindo seu funcionamento e expansão. Esta sociedade era hierárquica, ou seja, cada segmento possuía funções e poderes determinados, sendo que os grupos com menos poderes tinham que obedecer quem estava acima.
Vejamos abaixo os principais grupos sociais e a função que exerciam
nesta sociedade.
Faraó
Era o governante do Egito. Possuía poderes totais sobre a sociedade egípcia, além de ser reconhecido como um deus. O poder dos faraós era transmitido hereditariamente, portanto não havia nenhum processo de escolha ou votação para colocá-lo no poder. O faraó e sua família eram muito ricos, pois ficavam com boa parte dos impostos recolhidos entre o povo. A família real vivia de forma luxuosa em grandes palácios. Ainda em vida, ordenava a construção da pirâmide que iria abrigar seu corpo mumificado e seus tesouros após a morte.
Sacerdotes
Na escala de poder estavam abaixo somente do faraó. Eram responsáveis pelos rituais, festas e atividades religiosas no Antigo Egito. Conheciam muito bem as características e funções dos deuses egípcios. Comandavam os templos e os rituais após a morte do faraó. Alguns sacerdotes foram mumificados e seus corpos colocados em pirâmides, após a morte.
Chefes Militares
Os chefes militares eram os responsáveis pela segurança do território egípcio. Em momentos de guerra ganhavam destaque na sociedade. Tinham que preparar e organizar o exército de forma eficiente, pois uma derrota ou fracasso podia lhes custar a própria vida.
Escribas
Eram os responsáveis pela escrita egípcia (hieroglífica e demótica). Registravam os acontecimentos e, principalmente, a vida do faraó. Escreviam no papiro (papel feito de fibras da planta papiro), nas paredes das pirâmides ou em placas de barro ou pedra. Os escribas também controlavam e registravam os impostos cobrados pelo faraó.
Povo Egípcio
Mais da metade da sociedade egípcia era formada por comerciantes, artesãos, lavradores e pastores. Trabalhavam muito para ganhar o suficiente para a manutenção da vida. Podiam ser convocados pelo faraó para trabalharem, sem receber salários, em obras públicas (diques, represas, palácios, templos).
Escravos
Geralmente eram os inimigos capturados em guerras de conquista. Trabalhavam muito e não recebiam salário. Ganhavam apenas roupas velhas e alimentos para a sobrevivência. Eram constantemente castigados como forma de punição. Eram desprezados pela sociedade e não possuiam direitos.
Faraó
Era o governante do Egito. Possuía poderes totais sobre a sociedade egípcia, além de ser reconhecido como um deus. O poder dos faraós era transmitido hereditariamente, portanto não havia nenhum processo de escolha ou votação para colocá-lo no poder. O faraó e sua família eram muito ricos, pois ficavam com boa parte dos impostos recolhidos entre o povo. A família real vivia de forma luxuosa em grandes palácios. Ainda em vida, ordenava a construção da pirâmide que iria abrigar seu corpo mumificado e seus tesouros após a morte.
Sacerdotes
Na escala de poder estavam abaixo somente do faraó. Eram responsáveis pelos rituais, festas e atividades religiosas no Antigo Egito. Conheciam muito bem as características e funções dos deuses egípcios. Comandavam os templos e os rituais após a morte do faraó. Alguns sacerdotes foram mumificados e seus corpos colocados em pirâmides, após a morte.
Chefes Militares
Os chefes militares eram os responsáveis pela segurança do território egípcio. Em momentos de guerra ganhavam destaque na sociedade. Tinham que preparar e organizar o exército de forma eficiente, pois uma derrota ou fracasso podia lhes custar a própria vida.
Escribas
Eram os responsáveis pela escrita egípcia (hieroglífica e demótica). Registravam os acontecimentos e, principalmente, a vida do faraó. Escreviam no papiro (papel feito de fibras da planta papiro), nas paredes das pirâmides ou em placas de barro ou pedra. Os escribas também controlavam e registravam os impostos cobrados pelo faraó.
Povo Egípcio
Mais da metade da sociedade egípcia era formada por comerciantes, artesãos, lavradores e pastores. Trabalhavam muito para ganhar o suficiente para a manutenção da vida. Podiam ser convocados pelo faraó para trabalharem, sem receber salários, em obras públicas (diques, represas, palácios, templos).
Escravos
Geralmente eram os inimigos capturados em guerras de conquista. Trabalhavam muito e não recebiam salário. Ganhavam apenas roupas velhas e alimentos para a sobrevivência. Eram constantemente castigados como forma de punição. Eram desprezados pela sociedade e não possuiam direitos.
Curiosidade:
- No Egito Antigo existiam médicos. Eram chamados de nu dom (o
homem do sofrimento). Sua atividade consistia em aplicar remédios e fórmulas
mágicas nos pacientes, pedindo aos deuses que fizesse o efeito desejado.
ECONOMIA EGÍPCIA
A agricultura foi a principal atividade econômica do Egito Antigo.
Porém, os egípcios também se dedicaram ao artesanato, pecuária, pesca, caça e
extração mineral. Praticaram também o comércio exterior com outros povos.
Agricultura
O vale fértil do rio Nilo ofereceu excelentes condições para a prática
da agricultura. Os egípcios plantaram cevada, trigo, algodão, uvas, etc. O
papiro também era cultivado, pois os egípcios o usaram para fabricar uma
espécie de papel (também tinha o nome de papiro), pequenas embarcações e
cestos.
Os egípcios usaram o arado, puxado por bois ou homens, para ajudar na plantação das sementes. Os egípcios construíram um eficiente sistema de irrigação, formado por canais e diques.
Os egípcios usaram o arado, puxado por bois ou homens, para ajudar na plantação das sementes. Os egípcios construíram um eficiente sistema de irrigação, formado por canais e diques.
Pecuária
Os egípcios criaram animais para o fornecimento de carne e também para
o transporte de cargas. Criaram bois, cabras, burros e porcos. Algumas espécies
de aves também foram criadas como, por exemplo, gansos, patos e pombos.
Pesca e caça
A pesca era realizada no rio Nilo, que oferecia grandes quantidades de
tilápia, carpa e pescada. Os peixes eram comercializados e serviam como
importante fonte de alimentação para os egípcios.
Os egípcios também caçavam animais como, por exemplo, antílopes, coelhos, crocodilos e até hipopótamos.
Os egípcios também caçavam animais como, por exemplo, antílopes, coelhos, crocodilos e até hipopótamos.
Artesanato
As atividades artesanais eram importantes na vida da sociedade egípcia.
Os artesãos usavam como matéria-prima: papiro, metais, pedras, madeiras e
marfim. Fabricavam móveis, joias, cestos, potes, etc.
Extração Mineral
Extração Mineral
Os principais minerais extraídos no Egito Antigo foram: cobre, chumbo,
ouro e pedras (construção, decoração e semipreciosas).
Comércio interno e externo
As primeiras moedas começaram a circular no Egito Antigo por volta do
século V a.C. Antes disso, a troca de mercadorias era o recurso mais utilizado.
Os egípcios estabeleceram uma importante rede de comércio exterior. Comercializavam com a Núbia, a Palestina, Biblos, Creta e Grécia.
Os egípcios estabeleceram uma importante rede de comércio exterior. Comercializavam com a Núbia, a Palestina, Biblos, Creta e Grécia.
História Política da
Civilização Egípcia
O faraó mantinha a posição de rei, e
governava como senhor absoluto, e era chamado de deus vivo. Todo o Egito era
considerado sua propriedade. O faraó governava apoiado em um grande número de
funcionários. Subordinavam-se ao soberano os monarcas, os escribas e os militares. A ideologia
era predominante, influenciando a vida econômica, política e cultural, daí
dizer-se que era um estado teocrático.
O estado egípcio era considerado uma monarquia despótica de origem divina, baseado na servidão coletiva dos camponeses.
O estado egípcio era considerado uma monarquia despótica de origem divina, baseado na servidão coletiva dos camponeses.
O Antigo Império (3200-2300 a.C.)
O período conhecido como Antigo Império estende-se de 3200 até 2300 a.C.
Nesse período, ocorreu a formação do Reino do Alto e do Baixo Egito, acredita-se que Menés teria unificado o Egito, dando inicio ao período dinástico.
O período conhecido como Antigo Império estende-se de 3200 até 2300 a.C.
Nesse período, ocorreu a formação do Reino do Alto e do Baixo Egito, acredita-se que Menés teria unificado o Egito, dando inicio ao período dinástico.
Durante a
primeira e a segunda dinastia, a capital era Tínis, logo depois passou a ser
Mênfis.
Durante a
terceira, a quarta e a quinta dinastia ocorreu o auge do Antigo império. Alguns
fatos marcaram esse período, como, a centralização política, o desenvolvimento
da agricultura, as grandes construções e uma arte vigorosa.
Durante o
reinado de Zoser, o qual foi o fundador da terceira dinastia, foi construída
uma pirâmide escalonada para servir de tumba para o poderoso faraó. Na terceira
dinastia os egípcios já eram ricos e poderosos, o que possibilitou a construção
da pirâmide.
Na quarta
dinastia foram construídos pelos faraós, Quéops, Quéfren e Miquerinos as monumentais pirâmides da
planície de Gizé. A esfinge foi construída no reinado de Quéfren.
A partir
da quinta dinastia, o estado egípcio foi abalado pelas lutas políticas e
sociais. Dizem que nesse período houve uma revolução social.
Os ataques dos nômades no deserto e o aumento do poder dos monarcas puseram fim ao Antigo Império.
Os ataques dos nômades no deserto e o aumento do poder dos monarcas puseram fim ao Antigo Império.
O Médio Império (2050-1750 a.C.)
O Médio Império teve inicio com o príncipe de Tebas, Mentuhotep I, o qual estendeu seu poder sobre todo o país, após um período de turbulências.
O Médio Império teve inicio com o príncipe de Tebas, Mentuhotep I, o qual estendeu seu poder sobre todo o país, após um período de turbulências.
Os faraós
que se destacaram nesse período foram o Amenemhat III, que construiu o Lago
Méris ou Faium, Sesóstris I e Sesótris III.
Por volta
de 1750 a.C., os hicsos (povo de origem asiática) invadiram o Egito, pondo fim
no Médio Império. Os hicsos, reis pastores, como são chamados, introduziram no
Egito o bronze, o cavalo e os carros de guerra.
O Novo Império (1580-1080 a.C.)
Por volta de 1580 a.C., Amés, governador de Tebas, expulsou os hicsos do território egípcio, dando início ao Novo Império. Tebas voltou a ser a capital, e Amon, o deus local, tornou-se a principal divindade do Egito.
Por volta de 1580 a.C., Amés, governador de Tebas, expulsou os hicsos do território egípcio, dando início ao Novo Império. Tebas voltou a ser a capital, e Amon, o deus local, tornou-se a principal divindade do Egito.
Esse
período foi caracterizado pelo militarismo e pelas conquistas, principalmente
no reinado de Tutmés III. Após no reinado de Ramsés II iniciou-se uma longa
decadência. Nesse período o Egito sofre invasões de vários povos, entre eles os
assírios, que dominam o país.
Por um
longo período o Egito sofreu invasões e teve vários governantes fracos, até o
país ser conquistado pelos os Assírios.
Logo após
que os assírios foram expulsos, foi possibilitado uma renovação da civilização egípcia, chamado
de Renascimento Saíta, por ser Saís a capital, o qual foi realizado pelo rei de
Saís, Psamético I. Essa época se caracterizou por apresentar um grande
desenvolvimento comercial e artesanal.
RELIGIÃO NO ANTIGO EGITO
A religião no Egito Antigo era
marcada por várias crenças, mitos e simbolismos. A prática religiosa era muito
valorizada na sociedade egípcia, sendo que os rituais e cerimônias ocorriam em
diversas cidades. A religião egípcia teve grande influência em várias áreas da
sociedade.
Características da religião
egípcia
Os egípcios eram politeístas
(acreditavam em vários deuses). De acordo com este povo, os deuses possuíam
poderes específicos e atuavam na vida das pessoas. Havia também deuses que
possuíam o corpo formado por parte humana e parte de animal sagrado. Anúbis,
por exemplo, deus da morte, era representado com cabeça de chacal num corpo de
ser humano.
Os egípcios antigos faziam rituais e oferendas aos deuses. Era uma forma de conseguirem agradar aos deuses, conseguindo ajuda em suas vidas.
No Egito Antigo existiam diversos templos, que eram construídos em homenagem aos deuses. Cada cidade possuía um deus protetor.
Outra característica importante da religião egípcia era a crença na vida após a morte. De acordo com esta crença, o morto era julgado no Tribunal de Osíris. O coração era pesado e, de acordo com o que havia feito em vida, receberia um julgamento. Para os bons havia uma espécie de paraíso, para os negativos, Ammut devoraria o coração.
Os egípcios antigos faziam rituais e oferendas aos deuses. Era uma forma de conseguirem agradar aos deuses, conseguindo ajuda em suas vidas.
No Egito Antigo existiam diversos templos, que eram construídos em homenagem aos deuses. Cada cidade possuía um deus protetor.
Outra característica importante da religião egípcia era a crença na vida após a morte. De acordo com esta crença, o morto era julgado no Tribunal de Osíris. O coração era pesado e, de acordo com o que havia feito em vida, receberia um julgamento. Para os bons havia uma espécie de paraíso, para os negativos, Ammut devoraria o coração.
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